Cada um de nós possui um modo de se relacionar com determinadas atividades, na qual agimos através de certos padrões que pode nos trazer sensações e sentimentos específicos, como por exemplo a importância que damos ao trabalho e como nos relacionamos a ele, dando determinado grau de relevância, que pode nos trazer alguns sentimentos de felicidade, animação ou ansiedade e por aí vai. De certa forma, a maneira como compreendemos e agimos nesses diversos fenômenos atuais, estão atrelados a nossa memória afetiva apreendida na infância, dentro dos contextos sociais que ocupamos, por exemplo o familiar e escolar em um primeiro momento.
Nessas relações ocorre a interação do sujeito com o ambiente, no qual pela mediação dos pais, professores ou colegas, nós vamos interagindo e interiorizando certas formas de comportamento e emoções diante dos acontecimentos, em um processo de troca.
Portanto na vida adulta é possível nos percebermos repetindo alguns padrões de comportamento ou até mesmo a forma como vemos determinado fenômeno, pois dentro de determinado contexto social, alguns comportamentos nos foram ensinados e de certa forma acabamos naturalizando nossa forma de agir.
A partir dessa reflexão, podemos pensar na nossa construção de diversos valores e padrões de comportamentos que reproduzimos em nosso cotidiano, que estão atrelados a contextos sociais ocupados por nós em determinado espaço e tempo de nossas vidas, principalmente na primeira infância. Dessa forma pode-se compreender de uma forma mais clara, aquilo que pode fazer sentido na vida atual e o que pode ser reelaborado.
É claro que esta é apenas uma etapa de um processo para as mudanças desejadas, além de ser relevante respeitar o tempo de cada um. A reflexão que trago aqui, está no âmbito de podermos perceber um pouco mais sobre nós mesmos e a relação que formamos com nosso ambiente social, tanto em nosso passado, assim como no presente no qual podemos obter mais ferramentas para poder lidar com as memórias afetivas das quais vivenciamos.
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